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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Projetos sustentáveis capacitam 582 moradores de 13 comunidades do Rio de Janeiro

Projetos sustentáveis capacitam 582 moradores de 13 comunidades do Rio de Janeiro
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Quinta-feira, 17 de julho de 2014
Núcleo de Imprensa

Projetos sustentáveis capacitam 582 moradores de 13 comunidades 
CDs e DVDs serão transformados em roupas e acessórios

Quinhentos e oitenta e dois alunos dos projetos estaduais Fábrica Verde, EcoModa e EcoBuffet – que oferecem capacitação profissional com foco em sustentabilidade – se formaram nesta quinta-feira (17/7), em uma solenidade no Teatro João Caetano, no centro do Rio. Realizados pela Secretaria estadual do Ambiente, os três projetos são destinados a moradores em situação de vulnerabilidade social em 13 localidades do Estado do Rio. 

Durante a solenidade de formatura, a Polícia Civil oficializou a doação de cerca de 200 mil CDs e DVDs piratas apreendidos em uma operação policial para o projeto EcoModa. A ideia é que os alunos do curso utilizem o material para confeccionar roupas e acessórios. Essa é uma iniciativa inédita no estado, uma vez que produtos ilegais apreendidos são destruídos pela polícia.

– Conseguimos uma autorização judicial para doar ao EcoModa os materiais piratas que foram apreendidos, no mês de abril, em uma ação policial. É uma iniciativa interessante porque retiramos material do crime, e, em vez de destruí-lo e contribuir para a geração de resíduos, o destinamos para projetos socioambientes relevantes – explicou a delegada-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), Bárbara Lomba Bueno.

O EcoBuffet, que possui núcleos em São João de Meriti, Copacabana, Anchieta, Jacarezinho e na comunidade da Chacrinha, na Tijuca, ensina técnicas de aproveitamento integral dos alimentos. O objetivo é reduzir desperdícios e o lixo orgânico produzido nas casas, além de disseminar o conceito de gastronomia sustentável, com inserção social e geração de renda.

Já o projeto Fábrica Verde capacita alunos nas áreas de manutenção e suporte técnico de serviços de informática em oficinas que ensinam a recuperar computadores descartados e reaproveitar componentes desses equipamentos para reconstruir máquinas destinadas a telecentros comunitários, além de promover a destinação adequada do lixo eletrônico. O Fábrica Verde oferece cursos na comunidade da Chacrinha, na Tijuca, na Vila Kennedy e em Bangu. 

Presente nos municípios de São Gonçalo, Guapimirim e Paracambi, no bairro carioca de Cordovil e na comunidade da Mangueira, o EcoModa oferece qualificação em moda sustentável, com a utilização de roupas descartadas, retalhos de tecidos, CDs e até lonas de propaganda. Todos os materiais podem ser aproveitados na confecção de novas roupas, bolsas e diversos tipos de acessórios.

– O EcoModa, Fábrica Verde e EcoBuffet são projetos interessantes porque mostram que é possível reaproveitar materiais considerados lixo e transformá-los em produtos lindos, de qualidade e sustentáveis. Ao mesmo tempo, dão oportunidade de revelar talentos e capacitar as pessoas, gerando emprego e renda – afirmou a primeira-dama do estado, Maria Lúcia Horta Jardim, presente à formatura. 

Curso para o interior

A expectativa é de que, em agosto, mais 24 áreas carentes do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e interior recebam os cursos. Estão previstos núcleos do EcoBuffet em Nilópolis, na Baixada; do EcoModa, no Complexo da Maré, no Rio, e no município de Angra dos Reis, no Sul Fluminense; e do Fábrica Verde nas cidades de Japeri e Valença, no Médio Paraíba.

– São projetos importantes porque levam atividades sociais e profissionalizantes até pessoas que não teriam acesso. Esses cursos estimulam os alunos a se especializar, desenvolver carreiras e descobrir vocações. Além disso, ensinam noções de cidadania e sustentabilidade – disse o secretário do Ambiente, Carlos Portinho.

Uma das formandas do projeto EcoModa, a aposentada Maria da Penha de Souza, de 70 anos, já faz planos para trabalhar com confecção de bolsas e acessórios. 

– Ter participado desse curso foi a melhor coisa que fiz. Sempre gostei de costurar e lá aprendi várias técnicas diferentes. Minha ideia é começar a fazer bolsas e acessórios para vender. Além de ser uma atividade prazerosa, isso vai ajudar a complementar o orçamento familiar – disse Maria da Penha, que fez o curso na unidade do EcoModa Mangueira.

Fotos: Carlos Magno
Fonte:Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

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